quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O conto do velho marinheiro


" Ouça a história do velho marinheiro
Veja seus olhos enquanto ele para um de cada três
Hipnotiza um dos convidados do casamento
Fique ali e ouça sobre os pesadelos dos mares


E a música toca, enquanto a noiva passa por perto
Cativada pelo seu encanto e o marinheiro conta sua história
Levado ao sul da terra da neve e gelo
Para um lugar onde ninguém esteve
Atravessando as tempestades de neve voava um albatroz
Gritou em nome de Deus, esperança de boa sorte ele trazia


E o navio navegava de volta ao norte
Através do nevoeiro e gelo e o albatroz o seguia


O marinheiro matou o pássaro da boa nova
Seus companheiros gritaram contra o que ele havia feito
Mas quando o nevoeiro sumiu eles o perdoaram
E se tornaram parceiros de crime


Navegando e navegando para o norte através do mar
Navegando e navegando para o norte
até que tudo estivesse calmo


O albatroz começou a sua vingança
Uma terrivel maldição, uma sede começou
Os companheiros culpam o marinheiro pela má sorte
Sobre seu pescoço é pendurado o pássaro morto


E a maldição prossegue no mar
E a maldição prossegue para eles e para mim

Dia após dia, dia após dia,
estamos parados, sem vento e sem movimento
Tão parados como um navio pintado em um oceano pintado
Água, água para todo lado e toda a comida se foi
Água, água por todo lado, e nem uma gota para beber


Então gritou o marinheiro
Lá vem uma embarcação no horizonte
Mas como ele pode navegar
sem vento e sem correntes?


Veja... ela vem em frente
Ela está se aproximando, vindo do sol
Veja, ela não tem tripulação
Ela não tem vida, espere, mas há dois


A morte e ela, a morte em vida
Jogaram os dados para a tripulação
Ela ganhou o marinheiro e ele pertence a ela agora
Então a tripulação, um a um, cairam mortos,
duzentos homens
Ela, ela, morte em vida
Ela o deixou viver, o seu escolhido


Um a um, sobre a lua rodeada de estrelas
Rápido demais para gemer ou suspirar
Cada um virou seu rosto atormentado
e me amaldiçoou com seu olhar
quatro vezes cinquenta homens
(e eu não ouvi suspiro ou gemido)
Pesadamente, um vulto sem vida,
eles cairam um por um


A maldição prosseguia nos seus olhares
O marinheiro desejou ter morrido
Juntamente com as criaturas do mar
Mas elas vivem, e ele também

 
E sobre a luz da lua
Ele reza para seus futuros horríveis
De coração ele as abençoa
Criaturas de deus, a todas elas também


Então o feitiço começa a se quebrar
O albatroz cai de seu pescoço
Afunda como chumbo no mar
Então cai a chuva


Escute os gemidos dos marinheiros mortos a tempo
Veja eles se moverem e começarem a levantar
Corpos levantados por bons espíritos
Nenhum deles fala e eles não têm vida em seus olhos


E a vingança ainda continua, provação começa de novo
Preso em um transe o pesadelo continua


Agora finalmente a maldição terminou
E o marinheiro avista sua casa
Espíritos saem dos corpos mortos a tanto tempo
Formam sua própria luz e o marinheiro é deixado só


E então um bote vem velejando de encontro a ele
Era uma brincadeira, ele não podia acreditar
O comandante do barco, seu filho e o ermitão
Pena de vida cairá sobre ele


E o navio afunda como chumbo no mar
E o ermitão perdoa o marinheiro de seus pecados


O marinheiro é destinado a contar sua história
A contar esta história onde quer que vá
A ensinar a palavra de deus através de seu exemplo
Que nós devemos amar todas as coisas que deus fez


E o convidado do casamento é um homem mais triste e sábio
E a história continua e continua... "

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